Psicologia

14.08.2018

Estresse no trabalho e Síndrome de Burnout

O trabalho tem um papel importante na vida de cada indivíduo, além do fator econômico que traz sustento e comodidade, torna-se importante na formação de identidade, realização profissional, nas relações interpessoais e, mantendo uma vida ativa.

Por outro lado, a atividade laboral também pode ter impactos negativos na vida profissional e pessoal do trabalhador. Os aspectos que podem tornar o trabalho estressante são os mais variados, modificando-se também em cada ambiente, podendo o indivíduo não gostar do que faz, a relação de trabalho com o chefe ou colegas de trabalho, excesso de trabalho, etc.

O estresse é uma resposta do organismo a não adaptação do indivíduo a algumas variações ou eventos que ocorrem em sua vida. É um estado de tensão que causa um desiquilíbrio interno, contendo fatores psicológicos, mentais, físicos, hormonais e sociais.

A forma como o indivíduo lida com o estresse, dentre outros fatores, pode desencadear a Síndrome de Burnout, que é caracterizado pelo adoecimento que surge como uma resposta crônica aos estressores provindos da relação de trabalho. O Burnout não está catalogado no CID-10 e DSM-V como uma doença, porém, já existem pesquisas cientificas sobre a doença.

A síndrome é formada por três dimensões relacionadas, mas independentes:

  1. A exaustão emocional: esgotamento de energia, falta de ânimo, sentimento de frustração e tensão, sentimento que não tem mais as capacidades que tinha antes.
  2. Despersonalização: a insatisfação gera uma insensibilidade emocional, fazendo com que o trabalhador não tenha paciência para lidar com as pessoas ao seu redor.
  3. Insatisfação pessoal no trabalho: o trabalhador se auto avalia de forma negativa, ficando cada vez mais infeliz e insatisfeito com o seu desenvolvimento, sente que não tem êxito nas suas atividades e perde a capacidade de interagir com os colegas e clientes.

Embora o termo Burnout não seja conhecido por grande parte da população como o termo estresse, não é um fenômeno novo, já vem sendo estudado há muitas décadas e precisa ser tratado como um problema de grande relevância.

A prevenção é um grande aliado para manter a qualidade de vida e obter melhores resultados em caso de diagnóstico da doença, por isso, procure um profissional de saúde.

 

Fonte da imagem: alfocus.com.br, encena.com.br.

Referências:

AREIAS, M. E. Q.; COMANDULE, A. Q. Qualidade de Vida, Estresse no Trabalho e Síndrome de Burnout. Disponível em: https://www.fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/fadiga_cap13.pdf.

CARLOTTO, M. S. A Síndrome De Burnout e o Trabalho Docente. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/pe/v7n1/v7n1a03.pdf.

CARLOTTO, M. S.; PALAZZO, L. S. Síndrome de burnout e fatores associados: um estudo epidemiológico com professores. 2006. Disponível em:  https://www.scielosp.org/pdf/csp/2006.v22n5/1017-1026/pt.



Luna C. C. M. da Silva