Conhecendo a Europa

23.05.2013

FLORENÇA

Florença (em italiano: Firenze e em francês: Florence) é um município italiano, capital e maior cidade da região da Toscana e da província homônima, com cerca de 371 060 habitantes e muito turística, conhecida também por suas belas igrejas.

Florença foi durante muito tempo considerada a capital da moda. É considerada o berço do Renascimento italiano.






(achei uma cidade bem colorida e alegre)

Tornou-se célebre, também, por ser a cidade natal de Dante Alighieri, autor da "Divina Comédia", que é um marco da literatura universal e de onde a língua italiana moderna tem várias influências. Nesse poema ele descreve a cidade de Florença em muitas passagens, assim como alguns de seus contemporâneos florentinos célebres, como Guido Cavalcanti, amigo que também era poeta e ativo na vida política da cidade, que também são personagens da obra. Também é florentino Cimabue, o último grande pintor italiano a seguir a tradição bizantina, e responsável pela "descoberta" de Giotto.



Florença tem origem num antigo povoado etrusco, e foi governada pela família Médici desde o início do século XV até meados do século XVIII. Diferentemente dos Reis da França, a Itália seus importantes governantes vinham de famílias ricas. O primeiro líder da cidade pertencente à família Médici foi Cosme, o Velho, que chegou ao poder em 1437. Foi um protetor dos judeus na cidade, iniciando uma longa relação da família com a comunidade judaica.

A Grande Sinagoga de Florença, também conhecida como Tempio Maggiore ("Templo Principal"), é considerada uma das mais belas da Europa e a quarta maior do mundo.






(por uma praça, temos a bela vista da cidade e ela se destaca)

Destacam-se as diversas e belíssimas catedrais de épocas e estilos diferentes. A cidade também é cenário de obras de artistas do Renascimento, como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Giotto, Botticelli, Rafael Sanzio, Donatello, entre outros.

Nesta cidade nasceram os papas Leão X, Clemente VII, Clemente VIII, Leão XI, Urbano VIII e Clemente XII.







Basílica di Santa Maria del Fiore

 É a catedral, ou Duomo, da Arquidiocese da Igreja Católica Romana de Florença. Notabilizada por sua monumental cúpula - obra do celebrado arquiteto renascentista Brunelleschi - e pelo campanário, de Giotto, é uma das obras da arte gótica e da primeira renascença italiana, considerada de fundamental importância para a História da Arquitetura, registro da riqueza e do poder da capital daToscana nos séculos XIII e XIV. Seu nome (cuja tradução é Santa Maria da Flor) parece referir-se ao lilium, símbolo de Florença, mas, documento  do Século XV, por outro lado, informa que “flor”, no caso, refere a Cristo.





O Duomo de Florença, como o vemos hoje, é o resultado de um trabalho que se estendeu por seis séculos. Seu projeto básico foi elaborado por Arnolfo di Cambio no final do século XIII, sua cúpula é obra de Filippo Brunelleschi, e sua fachada teve de esperar até o século XIX para ser concluída. Ao longo deste tempo uma série de intervenções estruturais e decorativas no exterior e interior enriqueceriam o monumento, dentre elas a construção de duas sacristias e a execução de esculturas e afrescos por Paolo Uccello,Andrea Del Castagno, Giorgio Vasari e Frederico Zuccari, autor do Juízo Final no interior da cúpula. Foi construída no lugar da antiga catedral dedicada a Santa Reparata, que funcionou durante nove séculos até ser demolida completamente em 1375.





A Galleria degli Uffizi (em português, Galeria dos Ofícios), é um palácio situado em Florença, Itália, que abriga um dos mais famosos museus do mundo.

O duque Cosmo I de Médici encomendou ao famoso arquiteto Vasari, em 1560, uma edificação para reunir em um só local os treze principais magistrados (chamados uffizi) então espalhados por diversos locais de Florença, onde poderia controlá-los diretamente, transformando o velho Palazzo della Signoria numa nova sede do governo, de acordo com o status de potência que a cidade alcançou após a conquista de Siena.



Vasari projetou um prédio em forma de U, com um braço longo a leste, que deveria incorporar a antiga igreja românica de "São Pedro Scheraggio", um tramo curto assentado na margem do 
rio Arno e outro braço curto a oeste, englobando a Zecca Vecchia, sede do correio por muito tempo e após o restauro de 1988, incorporado ao museu. Os três andares da construção começam com um térreo em loggiato delimitado por pilastras com nichos (só decorados com estátuas a partir de 1842), um segundo andar com janelas e o terceiro destinado ao uso exclusivo do príncipe. Foi construído com pedra do vale de Mensola, adotando a ordem dórica.





Algum tempo depois, Cosmo decide unir o Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti, nova residência da família Médici por um caminho particular e elevado, também executado por Vasari, o chamado "Corredor de Vasari", que usava a galeria, a Ponte Vecchio sobre o Arno e uma passarela coberta sobre a rua.


Médici


Com 
Francisco I de Médici, que sucedeu Cosmo a partir de 1574, completa-se a construção em 1580. Entre 1579 e 1581, decoram o tecto com afrescos, chamados de "grotescos" por causa dos motivos utilizados. E finalmente, em 1581, Francisco decide utilizar a galeria do último andar para reunir sua coleção de pinturas, estátuas, objetos de arte antigos e modernos, armaduras, miniaturas, medalhas, para deleite de sua família e da nobreza local.




Para acomodar melhor a coleção, o arquiteto Buontalenti construiu no braço longo da galeria a chamada "Tribuna", construção octogonal inspirada na Torre dos ventos de Atenas, como descrita por Vitrúvio no seu primeiro livro. A exposição das obras segue apenas o critério de mostrar a gloria dos Médici. Com o tempo e principalmente no século XVII, as exposições foram se transformando, modificando o ordenamento original. As reformas modificaram um teatro e um jardim suspenso, da mesmo época e arquiteto.



A partir de 1587, com o novo duque, Fernando I de Médici, novos acréscimos como uma coleção de retratos, uma seção de cartografia e uma coleção de instrumentos científicos são incorporadas. Após a morte de Ferdinando, a galeria permaneceu inalterada por muito tempo.




(essa era a Igreja própria deles)



Lorena


Com o fim da era dos Médici, apenas com 
Pietro Leopoldo de Lorena voltam as obras na Galleria degli Uffizi, com a construção de uma nova entrada e a abertura das visitas ao publico geral, em1769. Propiciou também uma reorganização das coleções entre 1780 e 1782, seguindo critérios do Iluminismo. Retiraram vários objetos para outros museus, concentrando na galeria principalmente as pinturas e esculturas, ordenadas por escolas. Em 1779, foram trazidas as esculturas da vila Médici de Roma, um conjunto de esculturas clássicas antigas agrupadas na sala "Niobe".



Séculos XIX e XX

Entre 1842 e 1856 foram colocadas as vinte e oito estátuas dos nichos externos do edifício, homenageando homens ilustres da Toscana como Giotto, Maquiavel, Leonardo Da Vinci e Donatello. Desde então poucos acréscimos foram feitos, apenas uma grande reforma, basicamente restauro, em 1988.

Em 27 de maio de 1993, um atentado a bomba, com a explosão de um automóvel carregado de explosivos, atribuído a mafiosos, mas de autoria ainda não esclarecida, danificou alguns ambientes da galeria e do corredor de Vasari. Muitas peças foram transferidas para a reserva técnica, mas com os reparos e o aumento da segurança, as coisas voltaram ao normal.

(porém não era permitido tirar foto, então tirei apenas algumas com o celular discretamente, pois a maioria das salas de pinturas eram vigiadas)

Galleria degli Uffize é dividida em cerca de cinquenta salas ou ambientes, nomeadas geralmente pelo artista mais importante exposto. Temos salas dedicadas aos maiores artistas do Renascentismo, como Leonardo da Vinci e Rafael Sanzio, salas com arte clássica da Roma antiga, uma grande coleção de quadros de Botticelli com suas incomparáveis Primavera e O Nascimento de Vênus e obras dos maiores artistas do mundo como Michelangelo, Tiziano, Durer e Rubens.





O Nascimento de Vênus, uma das obras mais importantes.

Pena não poder tirar fotos, mas ela possui também entre outras obras:  Cimabue (Maestà), Duccio (Maestà), Giotto (A Madonna de OgnissantiBadia Polyptych), Simone Martini (A Anunciação), Paolo Uccello (A batalha de San Romano), Piero della Francesca (Díptico do Duque Frederico da Montefeltro e Duquesa Battista Sforza de Urbino),  Fra Filippo Lippi (Madonna com Menino e Dois Anjos), Sandro Botticelli (Primavera, O Nascimento de Vênus, A Adoração dos Magos entre outros), Hugo van der Goes (OTríptico de Portinari ), Leonardo da Vinci ( O Baptismo de Cristo, A Anunciação, A adoração dos Magos), Piero di Cosimo (Perseus liberando Andromeda), Albrecht Dürer (A Adoração dos Magos), Michelangelo (Tondo Doni), Rafael (Madonna de Goldfinch, Papa Leão X com os cardeais Giulio de' Medici e Luigi de' Rossi), Tiziano (FloraA Vénus de Urbino), Parmigiano (A Madonna do pescoço longo), Caravaggio (Baco,O Sacrifício de Isaac, Medusa),  Andrea Mantegna (Triptico com a Adoração dos Magos, Circuncisão e Ascensão), Antônio de Corregio (Adoração do Menino, Repouso na fuga ao Egito, Glória da Madona).

Vanessa Massaneiro