Conhecendo a Europa

08.05.2013

MONUMENTOS ROMANOS

Os romanos têm deixado uma importante história e um imenso legado a nossa civilização. Entre muitos dos monumentos que restaram deles, temos aqui no Sul da França quatro dos mais importantes deles.

(o Arco do triunfo e o teatro romano na cidade de Orange, o Aqueduto Pont du Gard e a Arena na cidade de Nîmes)

O Arco do Triunfo

Um arco do triunfo é um tipo de monumento introduzido pela arquitetura romana, utilizado como um símbolo da vitória em uma determinada batalha. Cada arco do triunfo romano, portanto, remete-se a uma batalha e a um imperador específicos na história romana e sua memória era celebrada através desta construção. Nem todos os arcos do triunfo da Antiguidade sobreviveram, mas durante a Idade Moderna, principalmente com o Neoclassicismo, eles foram usados como modelo para a construção de novos monumentos urbanos.



Ainda que a data de construção seja controversa, as pesquisas atuais favorecem uma data durante o reinado de Augusto. Foi construído na antiga via Agrippa para honrar os veteranos das guerras das Gálias e a Legio II Augusta. Foi posteriormente reconstruído pelo imperador Tibério para celebrar as vitórias de Germânico sobre as tribos germanas na Renânia. O arco contém uma inscrição dedicada ao imperador Tibério em 27 a.C. Conclui-se, pois, que foi construído no século I, durante a Pax Romana, em honra de César Augusto.



O arco foi a princípio construído usando grandes blocos caliços sem argamassa. Dos arcos com este design que chegaram até a modernidade, este é o mais antigo. O mesmo design foi usado posteriormente para o Arco de Septímio Severo e o Arco de Constantino.



Está decorado com vários relevos de temas militares, incluindo batalhas navais, despojos de guerra e romanos combatendo os germanos e os gauleses. No relevo de uma batalha na frente norte pode ser visto um soldado de infantaria romano levando o escudo da Legio II Augusta.

O Arco do Triunfo de Orange foi declarado Monumento Histórico da França em 1840 e Patrimônio da Humanidade em 1981.



Teatro

Situado no vale do Ródano, o antigo teatro de Orange, com a sua fachada de 103m de comprimento, é um dos teatros romanos mais conservados no mundo. O teatro foi encerrado em 391 por ordem do imperador, depois do Cristianismo se ter tornado a religião oficial do império e terem sido abolidos os espetáculos pagãos. O teatro foi assim abandonado, saqueado e pilhado pelos bárbaros. Só no século XIX ele voltou a recuperar algum do seu antigo esplendor graças a obras de restauração iniciadas em 1825.




A mais impressionante característica deste teatro é o palco que originalmente seria coberto por lajes de mármore e decorado com baixos relevos, frisos e estátuas em nichos e colunas, que ali se encontravam não só por efeitos estéticos, mas também para ajudar a eliminar problemas com ecos. Tudo isso muito bem pensado para a época.



O Teatro Antigo de Orange construído sob o reinado de Augusto no Século I pelos veteranos da segunda legião de Júlio César.

O hemiciclo poderia conter de 7.000 a 10.000 espectadores divididos segundo sua posição social. É dividido em três zonas, de 37 arquibancadas e separadas por paredes. Na parte mais baixa, a orquestra forma um semi-círculo; na parte central, três arquibancadas, sobre as quais ficam assentos móveis, reservados a grandes personalidades, a segunda parte aos comerciantes e a terceira aos cidadãos romanos.

A terceira parte (a mais alta) era reservada às prostitutas, escravos e pessoas sem nacionalidade romana. Grandes salas sobrepostas foram utilizadas para o público e como alojamentos nos bastidores. O palco, feito de piso de madeira e que servia de abrigo às máquinas media 61m de largura por 9m de profundidade: a orquestra era separada dele por uma parede baixa, o púlpito. Por último encontra-se um fosso. A parede do fundo do palco. “ É a mais bela muralha de meu reino”, disse Luis XIV em uma de suas visitas.



Era decorada por estátuas, frisos e colunas de mármore, cujo mínimo vestígio não existe mais. A parede possui três portas: a porta real ao centro e duas portas laterais (entrada de atores secundários).

O nicho da parede do palco possui uma estátua colossal de 3,5m de altura, considerada como sendo do Imperador Augusto. É datada do Século II.



Tinha capacidade para até dez mil expectadores, seguindo o tradicional formato semi-circular de arquibancada rodeando o palco, herdado da cultura helenística.
No passado abrigava peças teatrais, de mímica, pantonímia e declamações.




(ilustra como ficava em um de seus espetáculos)

A Pont du Gard

A ponte do Gard (Pont du Gard em francês) é uma porção de um aqueduto romano situado no sul da França, perto de Remoulins, Uzès e Nîmes.

Trata-se de uma ponte construída em três níveis que assegura a continuidade do aqueduto que trazia água de Uzès até Nîmes na travessia do rio Gardon (também chamado rio Gard). Foi provavelmente construída no século I a.C.



A ponte do Gard foi construída pouco antes da era cristã para permitir que o aqueduto de Nîmes (que tem quase 50 km de comprimento) atravessasse o rio Gard. Os arquitectos e engenheiros hidráulicos romanos que a desenharam criaram uma obra-de-arte técnica e artística.



A ponte tem 49 m de altura, e 275 m de comprimento. Entre a terra e o rio, a Pont du Gard abre as portas de sua excepcional ... Um cenário mágico, que inclui um dos maiores monumentos antigos, no sul da França.



Esta ponte é composta por dois níveis. O primeiro servia de estrada para pessoas e animais, e duas arcadas mais acima corria a água do aqueduto, encontra-se num impressionante estado de conservação. Desde 1985 é Patrimônio Mundial da UNESCO.





Foi construído inteiramente sem a utilização de argamassa. As pedras do aqueduto, alguns dos quais pesam até seis toneladas - são mantidos juntos por grampos de ferro. A alvenaria foi erguida no lugar por polias impulsionadas por muitos homens. Andaime complexo foi construído para resistir ao construir o aqueduto.

A fachada ainda traz as marcas de sua construção em forma de protuberâncias que aderiram à andaimes e cavaletes nos pilares de sustentação armações semicirculares em que os arcos foram construídos. Acredita-se que demorou cerca de três anos para construir, e que participou nos trabalhos de 800-1000 trabalhadores.





Interior do duto Pont du Gard, atualmente fechado para o público.

Em 1998 a Pont du Gard foi atingida por uma enchente que causou grandes danos na região. A estrada para o Pont e instalações vizinhas sofreram grandes danos, embora o próprio aqueduto não está seriamente deteriorado.



O governo francês patrocinou um grande projeto de remodelação, em cooperação com as autoridades locais, a UNESCO e a União Européia,que terminou em 2000. Ele estava andando ao redor da área aqueduto e melhoria das instalações para os visitantes, que incluiu a construção de um museu.

Arena

Como nem tudo são flores, o dia que passei por ela estava chovendo, logo não pude descer para tirar fotos, apenas a vi de dentro do carro, mas vou mostrar-lhes sua história também e pesquisei algumas fotos.

A Arena de Nimes (Arènes de Nîmes em francês) é um anfiteatro romano situado na cidade francesa de Nimes. Edificado no ano 27 a.C., na atualidade encontra-se remodelado e utiliza-se como Praça de touros para a celebração de corridas de touros desde 1863 (as Arenas de Nimes são a sede de duas feiras taurinas por ano). Também é utilizada para outro tipo de espetáculos


(foto pesquisada)



(foto pesquisada)


(foto pesquisada)


O recinto tem forma elíptica com 133 metros de comprimento e 101 metros de largura. Está rodeado por 34 arquibancadas, sustentadas por uma construção abobadada. A sua capacidade é de 16.300 espectadores e conta com uma cobertura móvel e um sistema de climatização desde 1989.


(foto pesquisada)


(foto pesquisada)

Construído no tempo do imperador Augusto, à queda da república, o anfiteatro foi fortificado pelos Visigodos e rodeado por uma muralha. Durante os turbulentos anos que se seguiram ao afundar do poder visigodo na Hispania e na Septimania, a invasão muçulmana e posterior conquista pelos reis francos (princípios do século VIII), os viscondes de Nimes construíram o seu palácio-fortaleza dentro do anfiteatro.

Mais tarde um pequeno bairro desenvolveu-se no seu interior, o qual contava com umas cem moradias e duas capelas. Setecentas pessoas viviam no seu interior no seu momento de maior esplendor.


(foto pesquisada)

As construções permaneceram no anfiteatro até o século XVIII, quando foi decidida a sua destruição de modo a devolver ao anfiteatro seu aspecto original.

Atualmentee, a banda alemã "Rammstein" gravou o CD/DVD "Völkerball"(Em Português "Queimada")lotou o anfiteatro com fãs vindos de toda França e de diversas partes do mundo.

E a banda de Thrash Metal "Metallica" gravou um DVD na arena de nimes chamado "Français Pour Une Nuit" ou em português "Francês por uma noite" que lotou o anfiteatro de fãs da banda vindos de diversos países do mundo.

Vanessa Massaneiro