Cotidiano

28.01.2009

O TEMPO

“Cadê aquele tempo
Que a gente tinha tempo
Tempo pra amar
Se a gente voltar no tempo
Vai ver que ainda há tempo
De reconciliar”

Esse é o refrão de uma música de César Menotti e Fabiano, que fala do tempo, mais no sentido de salvaguardar ou reconciliar paixões. Mas o tempo a que gostaria de me referir na coluna de hoje, diz respeito ao tempo propriamente dito ou ipsis litteris, como diriam os advogados.

Já vivemos o dia 29 de janeiro. O primeiro mês do ano de 2009 agoniza. E assim se sucederão os outros meses e os outros anos continuarão a passar rapidamente. Lembro que ouvia anos atrás que depois dos 30 anos de idade, descamba.

Para chegar até os 18, os adolescentes e jovens contam intermináveis meses e dias. Depois dos 40, que é o meu caso, o tempo voa. Quando você menos percebe é final de semana de novo, é outra segunda-feira e por aí vai.

O tempo só custa um pouco a passar para quem fica acomodado sem querer ou ter o que fazer. Caso contrário, o tempo tem passado cada vez mais depressa mesmo. Outro dia vi uma matéria, não se sei se foi no Fantástico, que dizia que o tempo está, cientificamente, passando mais rápido.

Antigamente a gente ficava olhando para as estrelas à noite. Dávamos flagra até nas cadentes. Hoje tem a televisão com as novelas das seis, sete, oito. Tem computador com internet, MSN, Orkut. Tem mais moto, carro e faculdades. O tempo encurta mesmo e a sensação é de que ele passa atropelado. Falta o momento zen para o tempo demorar a passar.

Elder Boff