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Quinta-feira, 18 de Setembro de 2025

18 dos 30 deputados do Paraná votaram a favor da PEC da Blindagem; veja votos em cada um dos turnos

Texto da Proposta de Emenda à Constituição permite, por exemplo, que parlamentares possam votar secretamente para barrar a prisão de colegas

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (17), uma proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta a blindagem judicial para deputados e senadores. O projeto ficou conhecido como PEC da Blindagem e começou a ser discutido na terça-feira (16), com a aprovação do texto-base, em dois turnos. A proposta agora vai para votação no Senado.

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Entre os deputados do Paraná, 60% dos votos foram favoráveis à aprovação do projeto. A votação desta quarta discutiu uma emenda aglutinativa, que restabeleceu a votação secreta na análise da abertura de processos contra parlamentares, um dos pontos mais questionados da proposta.

A bancada paranaense deu 18 votos pela aprovação da PEC e 11 votos contrários, com uma abstenção.

  • O texto promove uma série de alterações em temas como medidas cautelares, abertura de processos e foro privilegiado para deputados, senadores e presidentes de partidos. 

A PEC aprovada altera as regras para medidas judiciais que afetam parlamentares, como a previsão de que o Congresso vote secretamente em plenário para manter ou não prisões em flagrante de congressistas. A proposta também prevê que o Legislativo vote para autorizar ou não a abertura de processos contra deputados e senadores, além de estender o foro privilegiado aos presidentes dos partidos.

Votação do texto-base da PEC

Nas votações do texto-base, feitas na terça-feira, o percentual de votos favoráveis dos deputados do Paraná chegou a 70%.

Os deputados paranaenses deram 21 votos "sim" nos dois turnos de discussão da PEC. No primeiro turno, o projeto teve oito votos "não" entre os representantes do estado, com um deputado ausente. No segundo turno, foram sete votos contrários e duas ausências.

Como votaram os deputados do Paraná em cada discussão da PEC da Blindagem

1º turno:

1º turno: como votaram os deputados do Paraná

Aliel Machado

PV

Sim

Beto Richa

PSDB

Sim

Carol Dartora

PT

Não

Delegado Matheus Laiola

União Brasil

Sim

Diego Garcia

Republicanos

Sim

Dilceu Sperafico

PP

Sim

Felipe Francischini

União Brasil

Sim

Filipe Barros

PL

Sim

Geraldo Mendes

União Brasil

Sim

Giacobo

PL

Sim

Lenir De Assis

PT

Não

Luciano Alves

PSD

Não

Luciano Ducci

PSB

Não

Luísa Canziani

PSD

Sim

Luiz Carlos Hauly

Podemos

Não

Luiz Nishimori

PSD

Não

Padovani

União Brasil

Sim

Paulo Litro

PSD

Sim

Pedro Lupion

PP

Sim

Reinhold Stephanes

PSD

Sim

Ricardo Barros

PP

Sim

Rodrigo Estacho

PSD

Sim

Sargento Fahur

PSD

Sim

Sergio Souza

MDB

Sim

Tadeu Veneri

PT

Não

Tião Medeiros

PP

Sim

Toninho Wandscheer

PP

Sim

Vermelho

PP

Sim

Welter

PT

Não

Zeca Dirceu

PT

Ausente

2º turno:

2º turno: como votaram os deputados do Paraná

Aliel Machado

PV

Sim

Beto Richa

PSDB

Sim

Carol Dartora

PT

Ausente

Delegado Matheus Laiola

União Brasil

Sim

Diego Garcia

Republicanos

Sim

Dilceu Sperafico

PP

Sim

Felipe Francischini

União Brasil

Sim

Filipe Barros

PL

Sim

Geraldo Mendes

União Brasil

Sim

Giacobo

PL

Sim

Lenir De Assis

PT

Não

Luciano Alves

PSD

Não

Luciano Ducci

PSB

Não

Luísa Canziani

PSD

Sim

Luiz Carlos Hauly

Podemos

Não

Luiz Nishimori

PSD

Não

Padovani

União Brasil

Sim

Paulo Litro

PSD

Sim

Pedro Lupion

PP

Sim

Reinhold Stephanes

PSD

Sim

Ricardo Barros

PP

Sim

Rodrigo Estacho

PSD

Sim

Sargento Fahur

PSD

Sim

Sergio Souza

MDB

Sim

Tadeu Veneri

PT

Não

Tião Medeiros

PP

Sim

Toninho Wandscheer

PP

Sim

Vermelho

PP

Sim

Welter

PT

Não

Zeca Dirceu

PT

Ausente

Votação da emenda aglutinativa da PEC da Blindagem:

Emenda aglutinativa: como votaram os deputados do Paraná

Aliel Machado

PV

Não

Beto Richa

PSDB

Sim

Carol Dartora

PT

Não

Delegado Matheus Laiola

União Brasil

Sim

Diego Garcia

Republicanos

Sim

Dilceu Sperafico

PP

Sim

Felipe Francischini

União Brasil

Sim

Filipe Barros

PL

Sim

Geraldo Mendes

União Brasil

Sim

Giacobo

PL

Sim

Lenir De Assis

PT

Não

Luciano Alves

PSD

Não

Luciano Ducci

PSB

Não

Luísa Canziani

PSD

Sim

Luiz Carlos Hauly

Podemos

Não

Luiz Nishimori

PSD

Não

Padovani

União Brasil

Sim

Paulo Litro

PSD

Sim

Pedro Lupion

PP

Sim

Reinhold Stephanes

PSD

Sim

Ricardo Barros

PP

Sim

Rodrigo Estacho

PSD

Não

Sargento Fahur

PSD

Não

Sergio Souza

MDB

Sim

Tadeu Veneri

PT

Não

Tião Medeiros

PP

Sim

Toninho Wandscheer

PP

Sim

Vermelho

PP

Sim

Welter

PT

Não

Zeca Dirceu

PT

Ausente

Projeto foi aprovado pela maioria na Câmara dos deputados

No 1º turno, foram 353 votos a favor e 134 votos contrários. Houve uma abstenção. Eram necessários 308 votos para a aprovação. No 2º turno, o placar foi de 344 a 133.

Nesta quarta, a Câmara dos Deputados aprovou, por 314 votos a 168, a emenda aglutinativa que retoma a votação secreta na análise de pedidos do Supremo Tribunal Federal (STF) para processar criminalmente parlamentares. Com a finalização da votação, o texto será enviado ao Senado, onde vai passar por votação em dois turnos.

O que é a PEC da Blindagem?

Congressistas favoráveis à PEC afirmam que ela volta às regras do texto da Constituição de 1988. Mas, na verdade, o texto acrescenta novas blindagens, como a votação secreta para prisão de parlamentares.

  • A Constituição prevê que a prisão em flagrante de parlamentar deva ser submetida ao plenário da Câmara para decidir se a mantém ou não. A PEC permite, portanto, que parlamentares barrem a prisão de colegas, determinada pela Justiça, em votação secreta.
  • Ou seja, no caso de prisão em flagrante por crime inafiançável, os autos serão enviados à Câmara ou ao Senado dentro de 24 horas para que, pelo voto secreto da maioria de seus membros, se autorize ou não prisão do parlamentar.
  • Foi o que ocorreu, em 2021, com o deputado Daniel Silveira, preso por divulgar um vídeo no qual faz apologia ao AI-5.

A PEC explicita que os parlamentares só serão alvo de medidas cautelares expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e não de instâncias inferiores.

  • As medidas cautelares são obrigações impostas pela Justiça a investigados e alvos de processos penais.
  • Antes de 2001, a Constituição estabelecia que era preciso uma licença prévia da Casa Legislativa para a abertura de processo criminal contra deputados e senadores. Uma emenda constitucional derrubou essa exigência, o que permitiu a abertura de ações penais no Supremo ao longo dos últimos anos contra parlamentares acusados de envolvimento em irregularidades.
  • Agora, segundo o texto da PEC, antes de processar um parlamentar, o STF deverá pedir autorização à Câmara e ao Senado.
  • Os deputados e senadores deverão autorizar ou não, em votação secreta, que o colega seja processado. Isso deve acontecer em até 90 dias a contar do recebimento do pedido.
  • Um levantamento mostrou que, entre 1988 e 2001, o Congresso protegeu os seus parlamentares e autorizou apenas um processo.

O texto amplia o foro privilegiado para presidentes de partidos com representação no Congresso Nacional.

  • O foro privilegiado – chamado de foro especial por prerrogativa de função – é um mecanismo previsto na Constituição que faz com que algumas autoridades tenham o direito de ser julgadas por crimes comuns, ou de responsabilidade, em tribunais ou em Casas Legislativas.

Dessa forma, nas infrações penais comuns, os presidentes de partidos serão processados e julgados originariamente no STF, assim como o presidente da República, o vice-presidente, os membros do Congresso Nacional, ministros do STF e o Procurador-Geral da República.

AquiAgora.net com informações de G1 Paraná

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