Brasil | Ciclone
Domingo, 16 de Novembro de 2025
Brasil ainda deve registrar três ciclones em novembro, diz climatologista
Regiões Sul e Sudeste devem ser as mais afetadas; especialista afirma que o fenômeno é comum nesta época do ano e não obrigatoriamente vão provocar tornados
Após o ciclone extratropical que atingiu as regiões Sul e Sudeste na última semana, a previsão é de que o mês de novembro ainda registre cerca de três ocorrências do fenômeno meteorológico. A informação foi confirmada à CNN Brasil pelo climatologista e professor do Departamento de Geografia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Francisco Aquino.
Segundo o profissional, as duas regiões serão afetadas pelo fenômeno — considerado comum nesta época do ano —, com passagem de uma frente fria. “Não quer dizer que eles [os eventos climáticos] vão causar tornados”.
Para Francisco, esses fenômenos costumam atingir, em sua maioria, os estados das regiões Sul e Sudeste. No entanto, existe a possibilidade de que esses ciclones também alcancem, em determinado momento, outros estados do Brasil em razão da intensidade da frente fria e das tempestades provocadas por esses ciclones.
“Nos cenários dos próximos 15 a 20 dias, esses três ciclones (ou mais) podem se formar aqui no Atlântico Sul, influenciando, como sempre fazem, a região Sul e Sudeste do Brasil. Isso é um esperado”, concluiu o climatologista.
Tornado no Paraná
O tornado que atingiu a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, deixou um rastro de destruição.
O fenômeno meteorológico extremo foi resultado da formação de um ciclone, um sistema de baixa pressão que se desenvolveu sobre o continente, entre o Paraguai, o norte da Argentina e a porção oeste da região Sul.
O Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) classificou o tornado no nível F3, implicando ventos que podem chegar a 250 km/h. O governador Ratinho Júnior (PSD) classificou a catástrofe como “sem precedentes” na história do estado, uma “situação de guerra”.
- Vítimas: Sete pessoas morreram (seis em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava), e 750 pessoas ficaram feridas, totalizando 784 atendimentos na rede hospitalar;
- Destruição: Cerca de 90% dos edifícios em Rio Bonito do Iguaçu foram danificados ou atingidos, com relatos de postes e fios caídos e estruturas metálicas retorcidas. Houve pelo menos 1.000 pessoas desalojadas e cerca de 28 desabrigadas.
Em resposta, o governo do Paraná decretou estado de calamidade pública no município e luto oficial de três dias em todo o estado. Uma força-tarefa integrada
com mais de 50 bombeiros, Defesa Civil, Copel e Sanepar foi mobilizada. O governo federal enviou ajuda humanitária, medicamentos e materiais.
O tornado causou prejuízos econômicos de R$ 114,5 milhões. Os números estão em levantamento da CNM (Confederação Nacional de Municípios) divulgado na última segunda-feira (10).
CNN








