Internacionais | Mortos na guerra

Sexta-feira, 01 de Março de 2024

Chefe da ONU condena morte de palestinos que buscavam ajuda humanitária em Gaza

António Guterres reforçou pedido por cessar-fogo

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou a morte de palestinos que esperavam por ajuda humanitária na Faixa de Gaza nesta quinta-feira (29). O Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, disse que mais de 100 pessoas foram mortas.

Segundo a pasta, as forças israelenses abriram fogo enquanto muitas pessoas esperavam por comida. Os militares e testemunhas oculares de Israel forneceram relatos contraditórios dos acontecimentos.

“Os civis desesperados em Gaza precisam de ajuda urgente, incluindo os do norte sitiado, onde as Nações Unidas não conseguem entregar ajuda há mais de uma semana”, alertou Stéphane Dujarric, porta-voz do chefe da ONU, em comunicado.

A ONU não esteve presente durante o incidente, mas pediu uma investigação, ressaltou Dujarric.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), tenente-coronel Peter Lerner, disse à CNN que os caminhões de ajuda envolvidos nos incidentes mortais desta quinta-feira eram provenientes de “ajuda internacional de governos que vieram em caminhões particulares para se moverem para o norte”.

“Precisamos fazer tudo para aliviar a situação humanitária”, adicionou.

Guterres afirmou que também está “horrorizado” com o número de habitantes de Gaza mortos na guerra.

O Ministério da Saúde do território palestino anunciou nesta quinta que o número de mortos ultrapassou 30 mil, com mais de 70 mil feridos. “Tragicamente, um número desconhecido de pessoas está sob os escombros”, segundo o comunicado da ONU.

Guterres também reiterou os apelos por um cessar-fogo humanitário imediato e à libertação incondicional de todos os reféns israelenses em Gaza.

CNN