A compra dos direitos de gestão da Arena do Grêmio, anunciada na noite de sexta-feira pelo pré-candidato à presidência Marcelo Marques, mudou o panorama das eleições no Grêmio. Paulo Caleffi retirou sua candidatura e outros pré-candidatos podem seguir o mesmo caminho.

Em um áudio enviado a companheiros de movimento político, Caleffi justificou sua decisão por questões familiares, em razão de uma suposta radicalização do processo eleitoral. Mas reconheceu que o movimento feito por Marques teve influência para que ele saísse da disputa.

– Vou estar inteiramente à disposição para que a chapa do Conselho Deliberativo, ela possa prosperar. Mas, de fato, eu entendo que muitas vezes nós temos que saber retroceder e reconhecer que o momento é de outra pessoa. E como gremista eu sinceramente desejo que o Marcelo tenha todo o êxito do mundo – disse Caleffi em trecho do áudio.

Em contato com a reportagem do ge, Gladimir Chiele indicou que deve tomar decisão semelhante. O pré-candidato afirmou que aguardará a efetivação da negociação para a troca de gestão da Arena antes de formalizar sua decisão. A partir disso, vai se concentrar na eleição para o Conselho Deliberativo do clube.

– O Conselho deve continuar sendo democrático e com a ampla participação de todos os setores e movimentos tricolores – declarou.

Por enquanto, os pré-candidatos Denis Abrahão e Sérgio Canozzi seguem no pleito. Abrahão afirmou à reportagem que o foco principal em um primeiro momento está na eleição para a renovação do Conselho. Depois disso, pode conversar com Marques para definir os próximos passos.

– Depois, sim, se nós tivermos a oportunidade de participar do Conselho Deliberativo do Grêmio, um grupo de grandes gremistas que foram alijados do Conselho voltarem, aí vou sentar com o Marcelo e ver o que é melhor para o Grêmio – disse Abrahão.

Prevista para setembro, a eleição no Conselho Deliberativo do Grêmio vai renovar 150 dos 300 conselheiros, além de 30 dos 60 suplentes. Depois disso ocorre a eleição à presidência do clube para o próximo triênio, prevista para novembro.

No primeiro turno, dentro do Conselho, as chapas necessitam atingir 20% da cláusula de barreira (cerca de 80 votos) para avançar ao segundo turno, quando os sócios participam da votação. Em caso de candidato único, o novo presidente será eleito por aclamação se obter 20% de aprovação dos conselheiros.

G1