Um integrante do departamento político do Hamas disse que uma troca entre prisioneiros e reféns está sendo discutida como parte de negociações maiores de um cessar-fogo.

“Parte das negociações é chegar a um acordo de cessar-fogo para ter tempo e segurança suficientes para coletar dados finais e mais precisos” sobre os reféns mantidos em Gaza, disse Basem Naim em um comunicado nesta quinta-feira (11).

“Porque eles (reféns) estão em diferentes palácios, (sendo mantidos) por diferentes grupos, alguns deles estão sob os escombros mortos com nosso próprio povo, e negociamos para obter equipamentos pesados para esse fim”, acrescentou.

A declaração de Naim foi em resposta a perguntas dos meios de comunicação sobre a rejeição do Hamas da última proposta, que foi feita no Cairo no fim de semana, porque não pode libertar 40 reféns na primeira fase de um acordo de cessar-fogo de três estágios.

De acordo com um funcionário israelense e uma fonte familiarizada com as discussões, o Hamas indicou que atualmente não é capaz de identificar e rastrear esses 40 reféns israelenses, levantando temores de que mais reféns possam estar mortos do que são conhecidos publicamente.

Registros da CNN sobre as condições dos reféns também sugerem que há menos de 40 reféns vivos que atendem aos critérios propostos.

Famílias americanas pedem a devolução dos corpos dos reféns mortos

Tentar lamentar e honrar a vida de um membro da família falecido, antes de ter a chance de enterrar seus corpos, é a posição angustiante que agora se encontram inúmeras famílias dos reféns sequestrados pelo Hamas.

Três reféns americanos foram confirmados mortos até agora: Judi Weinstein Haggai, Gadi Haggai e Itay Chen, todos cidadãos israelenses-americanos. Suas famílias dizem que não pode haver paz de espírito até que os corpos sejam devolvidos.

“Para mim, não há encerramento. Eu preciso ter certeza de que eles tenham um enterro respeitoso; eles sejam colocados para descansar”, disse Weinstein Haggai. “Eu não posso descansar. Eu não estou descansado.”

Um funcionário da Casa Branca disse à CNN que a recuperação dos corpos continua a ser uma parte ativa e urgente das negociações em curso de libertação de reféns.

CNN