A Polícia Federal apreendeu imóveis e veículos avaliados em mais de R$ 60 milhões durante operação na manhã desta terça-feira (12) no estado de São Paulo. Em conjunto com a Receita Federal e a Fazenda Municipal de São Paulo, estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas cidades do Guarujá, Itu e Indaiatuba e na capital paulista.  

De acordo com as investigações que basearam a “Operação Latus Actio”, crimes contra a ordem tributária e de lavagem de dinheiro estavam sendo praticados por indivíduos ligados a empresas dos setores de entretenimento e de autopeças do estado de São Paulo.

Além dos mandados de buscas, foram decretadas ordens judiciais de bloqueio de valores em contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas investigadas até o limite aproximado de R$ 1 bilhão, uma vez que foi verificada tentativa de ocultação da origem, destino e natureza de valores movimentados pelos envolvidos.

Segundo o inquérito policial, instaurado no primeiro semestre de 2022, estavam sendo feitas transações financeiras suspeitas em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas. O objetivo era movimentar e ocultar recursos de origem ilícita e não declarados ao Fisco. Os policiais identificaram diversas movimentações, a crédito e débito, com terceiros “laranjas” e empresas fictícias ou de “fachada”, parte delas ligada a indivíduos com extensa ficha criminal por delitos como tráfico de drogas, crimes contra o patrimônio e organização criminosa.

Somente um dos empresários investigados foi autuado pela Receita Federal, no ano de 2023, em valores que superam os R$ 43 milhões. 

As buscas e apreensões realizadas nesta terça-feira têm por objetivo recolher mais provas de crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e outros delitos.  

 A Receita Federal irá instaurar novas ações fiscais, desta vez contra as pessoas jurídicas, uma delas beneficiária do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE).

Já a Fazenda Municipal de São Paulo irá instaurar 21 operações fiscais contra empresas investigadas no inquérito policial, em face dos elementos de prova que apontam também para a sonegação do Imposto sobre Serviços (ISS).

CNN