O Porto de Santa Helena está prestes a vivenciar uma transformação na estrutura física e administrativa, já que se espera triplicar a movimentação e consolidar a região como um dos eixos logísticos mais eficientes do Mercosul.

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Em entrevista recente, o assessor alfandegário, Jaime Remor, destacou que a conclusão da pavimentação asfáltica da rodovia PY 07, no Paraguai, é o divisor de águas para o setor.

O Fim do gargalo logístico

Historicamente, o fluxo de mercadorias entre Santa Helena e o país vizinho sofria com a precariedade das estradas paraguaias. "Quando chovia, como as estradas não eram pavimentadas, então não se permitia o tráfego", explicou Remor. Com os primeiros 60 quilômetros de asfalto ligando o Porto Índio à Supercarretera, esse problema crônico de interrupção em dias de chuva chega ao fim, beneficiando diretamente as exportações brasileiras de manufaturados.

Outro grande diferencial competitivo destacado pelo assessor é o modelo de Aduana Integrada de Cabeceira Única. Diferente de outros portos, como o de Foz do Iguaçu — onde os caminhões podem levar até 12 dias para completar os trâmites nos dois lados da fronteira —, em Santa Helena o desembaraço ocorre simultaneamente no mesmo espaço físico. O caminhão pode entrar e sair com a documentação liberada no mesmo dia, o que traz redução drástica nos custos de "hora parada", um dos maiores encargos para o transportador.

“A integração entre os países é essencial para a segurança alimentar e econômica da região. Santa Helena detém hoje o 4º maior Valor Bruto de Produção (VBP) agrícola, uma marca sustentada pela produção de proteína animal que depende diretamente da matéria-prima para a ração, importada do Paraguai.”  Finalizou Remor

Com a previsão de que o movimento salte para 500 a 600 caminhões por dia, o poder público local, sob a gestão do prefeito Dinho, trabalha na estruturação não apenas do porto, mas das vias de acesso, com a construção de um anel viário. Remor reforçou que a integração política, simbolizada pela recente presença do senador Amarilla na região, é essencial para manter o alinhamento com as autoridades paraguaias e garantir a continuidade das expansões dentro das normas do Mercosul.

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