A depressão infantil é uma realidade que muitas vezes passa despercebida. Crianças e adolescentes podem apresentar mudanças de comportamento, isolamento social, irritabilidade, tristeza constante, alterações de sono e apetite, além de pensamentos negativos sobre si mesmos. Em casos mais graves, podem recusar-se a cuidar da própria higiene ou até se automutilar, como cortes nos braços ou pernas, evidenciando sofrimento intenso que exige atenção imediata.

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Segundo a psicóloga Ionara da Silva Néia, fatores genéticos e ambientais contribuem para o desenvolvimento da doença. Crianças com histórico familiar de transtornos mentais graves, bem como aquelas expostas a conflitos familiares, bullying ou problemas na escola, apresentam maior risco. “O diagnóstico precoce é fundamental para evitar consequências sérias na vida adulta, como dificuldades nos estudos, no trabalho, nos relacionamentos e no bem-estar emocional”, alerta a psicóloga.

O acompanhamento psicológico é essencial, podendo ser complementado por medicação adequada à idade, quando necessário. Para crianças pequenas, a ludoterapia permite identificar e tratar sintomas por meio de brincadeiras, promovendo a expressão de sentimentos e emoções. Pais e responsáveis devem oferecer tempo de qualidade, ouvir e orientar os filhos, criando um ambiente de confiança que estimule o diálogo e o desenvolvimento emocional saudável.

A Dra. Ionara enfatiza que comportamentos como automutilação ou agressividade não são “modinhas” e indicam a necessidade de apoio profissional. A colaboração entre família, escola e especialistas é fundamental para garantir tratamento adequado, acompanhamento contínuo e prevenção de danos futuros. “Pais atentos podem identificar os sinais, buscar ajuda rapidamente e apoiar seus filhos em cada etapa do processo de cura”, conclui a psicóloga.

Confira a coluna da Dra. Ionara da S. Néia

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