Internacionais | Fim da paralisação
Terça-feira, 11 de Novembro de 2025
Senado dos EUA aprova projeto que põe fim ao 'shutdown'; decisão segue para a Câmara
O Senado dos EUA aprovou nesta segunda-feira (10) o fim do "shutdown", a paralisação dos serviços do governo federal que já dura 41 dias e provoca o afastamento de funcionarios públicos, interrompe o pagamento de salários, afeta a distribuição de ajuda alimentar e causa transtornos no tráfego aéreo.
“Shutdown” significa paralisação. Nos EUA, o termo é usado para descrever quando o governo federal suspende parte de suas atividades por falta de aprovação, pelo Congresso, do orçamento anual ou de um financiamento provisório para os gastos públicos.
O shutdown atual é o mais longo da história dos Estados Unidos. Ele ocorreu pela falta de acordo entre Republicanos e Democratas no Senado, que precisa de três quintos dos votos da Casa para avançar em matérias relativos ao orçamento.
O destravamento só foi possível após senadores democratas decidirem votar com os republicanos para avançar com a pauta, no domingo (9).
O pacote terá de passar agora pela Câmara dos Representantes, que deve votar a matéria na quarta-feira (12) — e finalmente enviado ao presidente Donald Trump para sanção, o último passo para encerrar o shutdown.
Capitulação democrata
Pelo acordo firmado no Senado, os republicanos aceitaram realizar uma votação em dezembro para ampliar os subsídios previstos na Lei de Cuidados Acessíveis (Affordable Care Act) — uma das principais prioridades dos democratas nas negociações sobre o financiamento.
Por ora, no entanto, os democratas desistiram de insistir no tema como condição para votar o projeto, o que é visto em Washington por analistas e por parte do partido como uma capitulação à vontade da maioria republicana.
A resolução aprovada também reverte, ao menos em parte, as demissões em massa de funcionários federais realizadas pelo governo Trump durante a paralisação, além de garantir, por um ano, o financiamento dos benefícios do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP).
O acordo foi intermediado por dois democratas de New Hampshire, as senadoras Maggie Hassan e Jeanne Shaheen, e por Angus King, um independente do estado do Maine, segundo a Reuters. O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, o principal democrata da Casa, afirmou que votará contra a medida.
G1








