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Quinta-feira, 19 de Junho de 2025
Senadores do PL votam por aumento na conta de luz e prejudicam milhões de brasileiros
Na última terça-feira (17), o Senado Federal aprovou um projeto de lei que, embora voltado à regulamentação da exploração de energia eólica offshore, incluiu emendas polêmicas — os chamados “jabutis” legislativos — que favorecem usinas térmicas a carvão e gás natural. A aprovação dessas emendas foi criticada por especialistas do setor elétrico e por entidades de defesa do consumidor, que alertam para um aumento expressivo nas tarifas de energia.
A Frente Nacional dos Consumidores de Energia estima que os subsídios embutidos na proposta podem gerar impacto de até R$ 21 bilhões anuais até 2050, elevando a conta de luz em cerca de 9% para os brasileiros. Os dispositivos aprovados aumentam a dependência de fontes caras e poluentes, como o carvão e o gás natural, comprometendo a matriz energética limpa do país.
Entre os parlamentares que votaram a favor dos jabutis e, consequentemente, contribuíram para o risco de aumento nas tarifas, estão diversos senadores do Partido Liberal (PL). Confira os nomes:
Marcos Pontes (PL‑SP)
Carlos Portinho (PL‑RJ)
Eduardo Gomes (PL‑TO)
Flávio Bolsonaro (PL‑RJ)
Izalci Lucas (PL‑DF)
Jaime Bagattoli (PL‑RO)
Jorge Seif (PL‑SC)
Magno Malta (PL‑ES)
Marcos Rogério (PL‑RO)
Romário (PL‑RJ)
Wellington Fagundes (PL‑MT)
Wilder Morais (PL‑GO)
A medida aprovada pode levar à ativação mais frequente da bandeira vermelha pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), especialmente em períodos de escassez hídrica. No patamar 2, essa bandeira representa um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos, impactando duramente o bolso dos consumidores, com elevações que podem chegar a 13% na conta de luz.
A decisão dos senadores do PL reforça a crítica de que interesses políticos e corporativos continuam se sobrepondo às necessidades da população. Em um momento em que milhões de brasileiros enfrentam dificuldades econômicas, o aumento na tarifa de energia representa mais um obstáculo à dignidade e ao orçamento das famílias.
Correio do Lago com informações de G1








