A Câmara Municipal de São Pedro do Iguaçu realizou na terça-feira (1º) uma sabatina com Bianca da Silva Barbosa, mãe de um bebê de 1 ano e 7 meses diagnosticado com síndrome de Kawasaki, doença rara que afeta os vasos sanguíneos do coração. O convite partiu da Comissão de Saúde após denúncias de demora no atendimento médico e falta de apoio da prefeitura, veiculadas na imprensa e em redes sociais.

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Bianca visivelmente emocionada detalhou sua jornada  desde o início dos sintomas do filho, em dezembro de 2024, quando ele foi diagnosticado repetidamente com dengue, sem resposta aos tratamentos. Após internações no UPA e no Hospital Bom Jesus, o diagnóstico de Kawasaki foi confirmado, mas a falta de ecocardiograma pelo SUS a levou a custear o exame particular (R$ 700) por meio de rifas e doações.

Em suas declarações Bianca faz criticas  vice-prefeita Ângela, que, segundo Bianca, negou ajuda alegando falta de vagas, Segundo ainda declarou "a Subprefeitura de Luz Marina, "me deixou  esperar meses" por agendamentos de especialistas. "Se fosse filho de vocês, não esperariam", desabafou, exibindo documentos que comprovam a busca por atendimento.

Bianca destacou a ausência de orientação sobre assistência social ou alternativas pelo Ministério da Saúde: "Ninguém me disse para procurar Assistente Social ou a psicóloga da prefeitura. Apenas após uma segunda denúncia feita à imprensa, consegui marcar o ecocardiograma para 28 de julho" – data que considerou tardia para um caso urgente.

Reações dos vereadores

Malco Cechin , classificou o caso como "sucessão de erros" e prometeu requerer informações sobre a falha no encaminhamento à assistente social e à psicóloga, servidora efetiva da saúde.

Isabel de Lima, vereadora, questionou por que Bianca não buscou a Secretaria de Saúde em São Pedro diretamente. A mãe respondeu que desconhecia o procedimento e foi "negligenciada" na Subprefeitura. Ainda outros parlamentares solidarizaram-se e pediram desculpas pelo descaso, reconhecendo falhas na rede municipal.

Bianca ainda em sua fala aproveitou e agradeceu a vaquinha organizada por moradores, que custeará uma consulta com imunologista em 15 de julho, mas reforçou: "Precisamos de políticas públicas para que outras mães não passem por isso". A Comissão de Saúde deve emitir um relatório com recomendações à prefeitura.

O caso reacendeu debates sobre a eficiência do SUS no município, especialmente em Luz Marina, onde moradores relatam filas e falta de vagas para especialistas. A vice-prefeita e a Secretaria de Saúde ainda não se pronunciaram

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