Quando surgiram os videogames, no anos 80, as acusações eram de que os mesmos incentivariam o sedentarismo, porém esta visão sofre uma reviravolta nos últimos três anos com o surgimento de consoles equipados com sensores de movimentos. A utilização terapêutica desses games começou dois anos atrás no Canadá. Hoje ocorre em pelo menos cinco outros países como complemento na reabilitação de pacientes com seqüelas de derrames cerebrais ou vítimas de doenças degenerativas além de diminuir a ocorrência de depressão em pacientes acometidos de doenças incapacitantes.
Existem jogos orientados por um treinador virtual, para a tonificação de músculos, atividades aeróbicas, ioga e treinos de equilíbrio. O jogador fica numa pequena plataforma ou utiliza-se de outros recursos para guiar seu personagem virtual através de movimentos do seu próprio corpo.
Os programas contem sensores que reconhecem todos os movimentos realizados pelo jogador de acordo com os jogos pré determinados pelo fisioterapeuta, de acordo com a patologia apresentada e o programa de treinamento escolhido. O esforço para executar bem a jogada provoca impactos positivos no organismo. Há o fortalecimento da musculatura, maior facilidade para recuperar os movimentos, aumento da capacidade cerebral e aumento da capacidade de concentração e equilíbrio.
A gameterapia tem resultados animadores, sobretudo pela capacidade do game de estimular a determinação do paciente, enquanto que na fisioterapia tradicional, os pacientes realizam movimentos repetitivos e monótonos com pesos e aparelhos.
Indicada para crianças, jovens, adultos e idosos, a terapia com o uso do videogame não substitui outras práticas terapêuticas, mas complementa o tratamento uma vez que leva o paciente para outra realidade, faz com que os exercícios fiquem mais divertidos e há indícios que os pacientes que fazem esta terapia têm uma melhora muito mais rápida.
Mas engana-se quem pensa que simplesmente por ter o console em casa pode deixar o tratamento de lado ou fazê-lo de forma independente. As indicações dos jogos no processo de reabilitação são inúmeras; a "gameterapia" serve para incentivar a atividade cerebral do paciente e até recuperar movimentos. Ele sozinho não é só fisioterapia ou só jogo, mas com as outras técnicas que a fisioterapia já tem, ele vem só para acrescentar.
PRINCIPAIS INDICAÇOES