A juventude, principalmente ela, se levanta pelo Brasil afora e marca passeata pelo Facebook para protestar.

Apesar de não ter uma definição concreta sobre o que reclamar, é certo que há muita coisa para se queixar.

Há uma preocupação exacerbada em despolitizar o movimento.

Mas todo mundo que é inteligente sabe, que as mudanças ocorrem a partir dos que estão a mandar.

Quem pode fazer alguma coisa para mudar a saúde, a educação ou mesmo diminuir a passagem do ônibus, que não é o caso das pequenas cidades, é a presidente, o governador ou o prefeito.

Estes precisam, na maioria dos casos, do apoio do congresso, da assembleia legislativa e da câmara de vereadores.

Então, logo, qualquer movimento é político sim. É para alertar os políticos que agora estão no poder, seja no executivo ou no legislativo.

Não entendo por que tanto esforço para “despolitizar” o movimento aqui ou acolá.

O que não deve acontecer é entremear uma bandeira do PT ou do PSDB, PSTU ou qualquer um dos partidos, mesmo porque, um ou outro governa, seja o país, importantes estados ou ainda grandes cidades e também estes tem que escutar a voz das ruas, encaminhando a solução dos principais pleitos.

Outra coisa bem inteligente é raciocinar que as melhorias precisam acontecer a partir dos governos estabelecidos e por isso ninguém quer tirar prefeito, governador ou presidente.

O movimento serve para chacoalhar os políticos ou acordá-los de um sono inerte ante ao caos sobre o qual se locupleta a multidão.

David Coimbra, gaúcho escritor disse ontem que o que importa, nos protestos, não são suas causas difusas nem suas consequências vagas. O que importa, nos protestos, são os protestos.

Só adendo: Lutam contra a PEC 37 e quase ninguém fala do que trata. Inclusive órgãos de comunicação somente falam sobre a Proposta de Emenda Constitucional, mas sem explicar que ela pretende tirar a competência do Ministério Público de investigar crimes. A 33, trata da soberania popular e equilíbrio dos poderes.